a EBD em Laranjeiras, Serra-ES

A Escola Bíblica Dominical é uma das mais importantes atividades da 1ª Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Laranjeiras, Serra-ES, funcionando todos os domingos no horário das 09:00h as 10:30h, em seu templo situado à Rua Rua Thomaz Edson, 150, Parque Residencial Laranjeiras, Serra-ES, com uma classe para cada faixa etária. Aqui estudamos a Palavra de Deus com determinação, afim de que todos cheguem ao conhecimento da verdade, discutindo temas variados como: Deus, Anjos, homem, salvação, pecado e muitos outros. Na EBD da 1ª Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Laranjeiras, seu filho também aprenderá os princípios bíblicos, onde com certeza, terá um desenvolvimento paltado na Palavra de Deus, o que lhe tornará um cristão autêntico, com uma mentalidade bem diferente no que diz respeito à vida. Você não precisa pertencer nossa igreja ou mesmo ser evangélico para ser aluno da EBD. APROVEITE!!!!.

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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Lição 2: Imagens bíblicas da Igreja

Lição 2: Imagens bíblicas da Igreja

Data: 14 de Janeiro de 2024

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.(1Pe 2.9).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Por meio de cada imagem que retrata a Igreja, o Espírito Santo revela-nos o quão gloriosa ela é.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Efésios 5.25-32; 1 Pedro 2.9,10.

 

Efésios 5

25 — Vos, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,

26 — para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,

27 — para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

28 — Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.

29 — Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;

30 — porque somos membros do seu corpo.

31 — Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne.

32 — Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.

 

1 Pedro 2

9 — Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

10 — vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.

 

HINOS SUGERIDOS

 

75, 131 e 400 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

A Bíblia apresenta diversas imagens que revelam um determinado aspecto da natureza da Igreja de Cristo. Nesta lição, abordaremos as seguintes imagens: A Noiva de Cristo; a Esposa de Cristo; o Rebanho de Deus; Geração Eleita, Sacerdócio Real, Nação Santa e Povo Adquirido; Corpo de Cristo; Santuário de Deus; Casa de Deus.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Elencar as imagens que descrevem o relacionamento com Cristo; II) Pontuar as imagens que descrevem a função da Igreja; III) Explicar as imagens da Igreja como habitação de Deus.

B) Motivação: Uma das imagens bíblicas mais gloriosas da Igreja é a que a apresenta como a habitação de Deus. Nesse caso, a Igreja é reconhecida na Bíblia como o Santuário de Deus, a Casa de Deus, ou seja, Deus a habita gloriosamente. Ter essa consciência teológica a respeito da natureza da Igreja como habitação divina é transformador.

C) Sugestão de Método: Escreva em tiras de papel cada imagem bíblica da Igreja mencionada na lição e seus respectivos símbolos. Antecipadamente, distribua cada tira de papel para cada aluno. À medida que você avançar na exposição dos tópicos, solicite que cada aluno leia respectivamente a sua tira de papel. A ideia é que você introduza o assunto de cada tópico com a participação dos alunos. Você pode ir preenchendo uma tabela na lousa à medida que cada aluno mencione uma imagem e seu respectivo símbolo. Ao final da exposição da lição, a classe terá um quadro completo das imagens bíblicas da Igreja na lousa. Esse é um bom exercício para fixar o conteúdo da lição.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Cada crente que passou pela experiência de salvação, isto é, foi regenerado, justificado e santificado, faz parte da Igreja de Cristo. Nesse sentido, cada crente exerce uma função sacerdotal diante de Deus e diante do mundo. Por isso, a Igreja é uma instituição em que Deus habita. Assim, estimular os alunos para que vejam como privilégio divino participar do Corpo de Cristo é um dos propósitos desta lição.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Relacionamento Santificador da Igreja”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a compreensão a respeito do aspecto do relacionamento de santidade da Igreja com Cristo; 2) O texto “O Caráter cooperador do Corpo de Cristo”, ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito da origem da concreta da Igreja de Cristo.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

A Igreja de Jesus Cristo é retratada por uma série de imagens por meio das páginas do Novo Testamento. Cada uma delas revela um determinado aspecto da Igreja de Jesus Cristo. Assim, podemos contemplar imagens ou figuras que retratam o relacionamento; que descrevem a função ou mostram de que forma a Igreja é a habitação de Deus. Por isso, nesta lição, estudaremos as principais imagens bíblicas a respeito da Igreja de Cristo que comunicam o relacionamento, a função e a habitação dessa instituição criada por Deus.

 

 

Palavra-Chave:

 

IMAGEM

 

 

I. IMAGENS QUE DESCREVEM UM RELACIONAMENTO

 

1. A Noiva de Cristo. Sem dúvida alguma, a imagem da Igreja como a Noiva de Cristo é uma das mais belas das Escrituras. Na verdade, a Bíblia usa tanto a figura da noiva como a da esposa para representar a Igreja. Primeiramente, a Igreja é descrita como uma “virgem pura” (2Co 11.2). Convém destacar que a palavra grega parthenos, traduzida em 2 Coríntios 11.2 como “virgem pura”, é usada em relação a uma donzela que ainda não contraiu núpcias. É uma figura da Igreja como noiva trazendo uma ideia de castidade, pureza e fidelidade.

2. A Esposa de Cristo. Paulo retrata, também de forma vivida, a imagem da Igreja como esposa (Ef 5.25,26). Assim como é destacada a pureza da noiva, é também a da esposa. Mas devemos ressaltar que esse relacionamento de Cristo com a Igreja é fundamentado no amor — “Cristo amou a igreja” (Ef 5.25). Não é como em um relacionamento frio, fundamentado apenas no dever, mas retrata um relacionamento fundamentado, sobretudo, na realidade do amor que se entrega e se sacrifica. Cristo cuida da Igreja e zela por ela porque a ama. Essa imagem de relacionamento amoroso entre Cristo e a sua Igreja deve ser o parâmetro para o relacionamento de todos os casais cristãos.

3. Rebanho de Deus. Quando reuniu os presbíteros na cidade de Éfeso, o apóstolo Paulo os exortou (At 20.28). Aqui, a Igreja é retratada como um rebanho de Deus. É uma metáfora que ilustra a relação existente entre a ovelha e o pastor. Paulo deixa claro que esse rebanho custou um alto preço — o sangue de Jesus Cristo. Tendo em mente essa imagem, o apóstolo Pedro também põe isso em evidência (1Pe 5.2,3). As palavras de Pedro devem servir de parâmetro para todo pastor que cuida do rebanho de Deus. Na verdade, ele mostra o que o pastor não pode fazer no seu trato com a igreja, pois ele deve ser um modelo para o Rebanho de Deus.

 

 

SINOPSE I

Imagens como a Noiva de Cristo, a Esposa de Cristo e o Rebanho de Deus descrevem o relacionamento da Igreja com Cristo.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

O RELACIONAMENTO SANTIFICADOR DA IGREJA

 

“O povo de Deus é chamado ‘eleito’ no Novo Testamento porque Deus tem ‘escolhido’ a Igreja para fazer a sua obra nesta era, por meio do Espírito Santo, que está ativamente operante a santificar os crentes e conformá-los à imagem de Cristo (Rm 8.28,29).

Mais de cem vezes o povo de Deus é chamado os ‘santos’ (gr. hagioi) de Deus, no Novo Testamento. Não se entenda as pessoas assim designadas como de condição espiritual superior, nem seu comportamento perfeito ou ‘santo’. (As muitas referências à igreja em Corinto como ‘santos de Deus’ devem servir de indício suficiente desse fato.) Pelo contrário, ressalta-se novamente que a Igreja é a criação de Deus e que, pela iniciativa divina, os crentes são ‘chamados para serem santos’ (1Co 1.2)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.543).

 

 

II. IMAGENS QUE DESCREVEM FUNÇÃO

 

1. Geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. Assim como havia um povo de Deus debaixo do Antigo Pacto (Êx 19.5,6; Is 43.3), da mesma forma Deus possui um povo debaixo do Novo Pacto (1Pe 2.9).

(a) Geração eleita. A palavra grega genos, traduzida aqui como “geração” também possui o sentido de “raça”. O Novo Testamento mostra que, em Cristo, tanto judeus quanto gentios fazem parte de uma só geração ou raça por causa do que eles têm em comum. Não há distinção de raça, cor, sexo ou status social. Em Cristo todos formam a geração eleita.

(b) Sacerdócio real. Em sua Primeira Carta, o apóstolo Pedro descreve os crentes que formam a Igreja de Cristo como os que exercem um sacerdócio real (1Pe 2.9). Essa imagem vem do antigo sistema sacerdotal levítico. Na Antiga Aliança, Deus escolheu uma família, a de Arão, para oficiar como sacerdotes, da mesma forma Ele fez na Nova Aliança. Contudo, há uma diferença fundamental entre o sacerdócio exercido debaixo da Antiga Aliança e aquele exercido na Nova Aliança. Ali, essa função era reservada apenas para uma tribo, a de Levi. Dessa forma, a família escolhida para essa missão foi a de Arão. Por outro lado, debaixo da Nova Aliança todo cristão é um sacerdote. Agora todo cristão tem o privilégio de “queimar o incenso”, isto é, de exercer um ministério de oração e intercessão diante de Deus (Sl 141.2).

(c) Nação santa e um povo adquirido (1Pe 2.9). Ambos os termos vêm adjetivados, mostrando o que essa nação e esse povo eram, representavam e deveriam ser. Não era uma nação ou um povo qualquer. Era uma nação santa e um povo adquirido para Deus. Essa é uma figura muito forte para retratar uma Igreja inteiramente consagrada a Cristo.

2. Corpo de Cristo. Essa é uma das imagens mais fortes e frequentes no Novo Testamento para retratar a Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo! Mais do que uma organização, a Igreja é um organismo. Um organismo vivo! A analogia da Igreja como um corpo é muito significativa. Primeiramente, porque retrata a harmonia e unidade que há no corpo. No corpo humano tudo está em seu devido lugar (1Co 12.12). Todos os membros cooperam para o bom funcionamento do corpo (1Co 12.21,22,25). Logo, nenhum membro faz menos parte do corpo que os demais: todos são necessários. A variedade de órgãos, membros e funções constitui a essência da vida física. Nenhum órgão pode estabelecer um monopólio no corpo, assumindo as funções dos outros. Um corpo constituído por um só órgão seria uma monstruosidade.

 

 

SINOPSE II

Imagens como geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido e Corpo de Cristo descrevem a função que a Igreja exerce diante de Deus e do mundo.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

O CARÁTER COOPERADOR DO CORPO DE CRISTO

 

“Os escritos de Paulo enfatizam a verdadeira união, que é essencial na Igreja. Por exemplo: ‘O corpo é um e tem muitos membros [...] assim é Cristo também’ (1Co 12.12). Da mesma forma que o corpo de Cristo tem o propósito de funcionar eficazmente como uma só unidade, também os dons do Espírito Santo são dados para equipar o corpo ‘pelo Espírito Santo [...] o mesmo Senhor [...] o mesmo Deus que opera tudo em todos [...] para o que for útil’ (1Co 12.4-7). Por esta razão, os membros do corpo de Cristo devem agir com grande cautela ‘para que não haja divisão [gr. schisma] no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros’ (1Co 12.25; cf. Rm 12.5). Os cristãos podem ter essa união e mútua solicitude porque foram todos ‘batizados em um Espírito, formando um corpo’ (1Co 12.13). A presença do Espírito Santo, habitando em cada membro do corpo de Cristo, permite a manifestação legítima dessa união” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.544,545).

 

 

III. IMAGENS QUE DESCREVEM HABITAÇÃO

 

1. Santuário de Deus. Muito embora seja comum identificar a Igreja a partir de sua estrutura arquitetônica, não é isso que a Bíblia identifica como sendo uma Igreja. Ela é o templo do Espírito Santo (1Co 3.16). A Igreja é retratada como sendo um santuário, a habitação de Deus. Individualmente, cada crente é um templo do Espírito Santo (1Co 6.19). Mas na sua forma corporativa, a Igreja é retratada como sendo o santuário de Deus (1Co 3.16,17). Isso também significa que Deus habita a Igreja. Ela é seu templo. Nesse aspecto, o apóstolo Paulo alerta sobre o perigo que há em se profanar o santuário de Deus (1Co 3.17).

2. Casa de Deus. A Igreja é descrita como sendo a “Casa de Deus” (1Tm 3.15). Esse conceito da Igreja, como sendo a Casa de Deus, é derivado do Antigo Testamento em que o povo de Deus é retratado como a casa ou família de Deus. A nação de Israel floresceu a partir da família de Jacó. Isso nos faz ver a importância da igreja como uma instituição social. Na base da sociedade está a família. Uma igreja forte é formada por famílias igualmente fortes.

O inverso também é verdade — famílias fracas tornam-se igrejas fracas. Por trás de muitos problemas sociais está a desestruturação familiar. A recomendação de Paulo em 1 Timóteo revela que a Igreja se orienta por um padrão moral que deve nortear seu comportamento na sociedade.

3. O privilégio de ser Igreja. À luz do que estudamos nesta lição, podemos fazer algumas considerações. Primeira, a Igreja de Cristo é uma instituição formada por salvos que se relacionam com Deus e, por isso, eles fazem parte de seu rebanho. Segunda, a Igreja de Cristo é uma instituição formada de salvos que exercem uma função sacerdotal diante de Deus perante o mundo. E, finalmente, a Igreja de Cristo é uma instituição em que Deus habita e vive. É um privilégio fazer parte da Igreja de Cristo!

 

 

SINOPSE III

Imagens como Santuário de Deus e Casa de Deus descrevem a Igreja como a habitação de Deus.

 

 

CONCLUSÃO

 

Nesta lição aprendemos através de imagens bíblicas o que a Igreja é e que importância ela tem. São figuras que nos ajudam a compreender a Igreja tanto em seu aspecto institucional como funcional. Assim, essas imagens ajudam o crente a descobrir qual o seu lugar na Igreja, o Corpo de Cristo. Dessa forma, ele pode melhor cooperar para o perfeito funcionamento da igreja local.

 

VOCABULÁRIO

 

Corporativo: Relativo ou próprio de uma corporação; um conjunto de pessoas com alguma finalidade.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. De acordo com a lição, como a Igreja é descrita primeiramente?

Primeiramente, a Igreja é descrita como uma “virgem pura” (2Co 11.2).

 

2. O que a metáfora do “Rebanho de Deus” ilustra?

É uma metáfora que ilustra a relação existente entre a ovelha e o pastor.

 

3. O que o Novo Testamento mostra a respeito da “geração eleita”?

O Novo Testamento mostra que, em Cristo, tanto judeus como gentios fazem parte de uma só geração ou raça por causa do que eles têm em comum em Cristo.

 

4. O que a expressão “Corpo de Cristo” retrata?

Retrata a Igreja.

 

5. Como a Igreja é retratada em sua forma corporativa?

Na sua forma corporativa, a Igreja é retratada como sendo o santuário de Deus (1Co 3.16,17).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

IMAGENS BÍBLICAS DA IGREJA

 

De modo geral, a simbologia está presente em várias ocasiões da história bíblica. Desde Gênesis a Apocalipse, o Senhor inspirou os diversos autores bíblicos a utilizar-se de figuras de linguagem para transmitir uma ideia ou mensagem direta a Seu povo. No contexto representativo da Igreja, não é diferente. A Igreja do Senhor é representada por vários símbolos que transmitem uma ideia do que é a Igreja em diferentes propósitos e ocasiões. A Igreja é chamada de “virgem pura”, “noiva”, “esposa”, “nação santa”, “geração eleita”, “Corpo de Cristo” e “Casa de Deus”. Dentre esses títulos, devemos destacar a Igreja (não no sentido de estrutura predial) como Casa de Deus, família de Deus, ambiente onde se manifestam as virtudes do Espírito Santo, a saber, o amor, a comunhão, a cordialidade, a alegria e a paz. Essas virtudes, somadas a outras que derivam do Fruto do Espírito, servem como espelho à sociedade que distorce o conceito bíblico de família.

A imagem de família é empregada para descrever a relação de Deus com Seu povo. Essa relação é descrita não apenas quando Paulo chama a Igreja de “Casa de Deus”, “Igreja do Deus Vivo”, “coluna e firmeza da verdade”, mas também nas ocasiões em que compara o amor e a submissão presentes no casamento e na criação dos filhos ao amor e entrega de Cristo por Sua Igreja e à submissão da Igreja a Ele (Ef 5.22-27,32). O Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento (CPAD, 2003), discorre que “Paulo mescla suas metáforas da igreja como família (cf. ‘Casa de Deus’) com a igreja como templo (‘coluna e firmeza’). O grego tem duas palavras para ‘templo’: hieron é todo o complexo de templo, o lugar onde as pessoas se congregam para a adoração; naos é o santuário interior (por exemplo, o Lugar Santíssimo), o lugar onde Deus habita. [...] A imagem que Paulo mostra da igreja como naos de Deus não consiste em que Ele se una conosco, a congregação, no lugar onde nos reunimos para a adoração, mas que a Igreja (o corpo de crentes) é o próprio santuário no qual Deus tem prazer em habitar (cf. 1Co 3.16,17; 2Co 6.16; Ef 2.21)” (pp.661,662). Essa relação entre Cristo e Sua Igreja, representada pela família, mostra o nível de profundidade no relacionamento que Deus deseja ter com Seu povo. Não é uma relação protocolar, mas pautada no amor de uma família que vive uma relação pacífica, afetuosa e respeitosa. Esse amor deve reger nossas relações enquanto povo de Deus.

 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Os Doze Profetas Menores
Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de Cristo

OBADIAS - O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO
Lição 5 - 4 de Novembro de 2012
Texto Áureo: Obadias 1.15 "Porque o dia do Senhor está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça".
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Obadias 1.1-4,15-18

O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO PARA OS EDOMITAS DE HOJE

Introdução: Este é um estudo que torna explícito a arrogância do povo de Edom através do seu comportamento em rejubilar-se principalmente com o povo de Judá quando sofria derrotas diante dos inimigos. Era o tipo de povo que não enfrentava os Judeus diretamente, mas indiretamente se aliava com os inimigos e tirava proveito do povo derrotado despojando-os e quando não os vendendo como escravos. Esqueciam-se eles que estavam na mira de Jeová o qual não estava se agradando desse comportamento tão vil e humilhante contra o seu povo. Nos dias de hoje tem muito cristão com espírito de edomita no sentido de arrogância e soberba em detrimento daqueles que humildemente e perseverantemente procuram dignificar o reino de Deus com uma postura fiel e comprometida com a sua palavra.
1 - DEUS SEMPRE SE DEFRONTARÁ COM OS OPRESSORES DO SEU POVO - Obadias 1 VISÃO de Obadias: Assim diz o Senhor Deus a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação do Senhor, e foi enviado aos gentios um emissário, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra. – Salmos 37.9 Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no SENHOR herdarão a terra.
O espírito edomita tem estado presente em muitos ministérios que se dizem cristão. É observada esta condição pela opulência de muitos líderes que cresceram a custa de charlatanismo usando a palavra divina. Esse crescimento que é adquirido à custa de ludíbrios com os incautos e assim buscam um status de grandeza onde se vangloriam explicitamente do seu suposto poder e grandeza. Oprimem o povo para arrancar deles o máximo de recursos possíveis com promessas de milagres e prosperidade, que são promessas totalmente infundadas. Mas, para esses o castigo e o julgamento estão a caminho, pois Deus corrigirá todas as coisas de conformidade com os seus princípios de justiça.
2 - DEUS É AQUELE QUE EXALTA, MAS TAMBÉM É AQUELE QUE ABATE – Obadias 2 Eis que te fiz pequeno entre os gentios; tu és muito desprezado. – Ezequiel 21.26 Assim diz o Senhor DEUS: Tira o diadema, e remove a coroa; esta não será a mesma; exalta ao humilde, e humilha ao soberbo.
Deus sempre atribui a si mesmo a ascensão ou queda de uma nação, povo ou alguém que tenta desafia-lo indiretamente indo contra aqueles que estão sob a sua proteção. Todos esses que tem se vangloriado Deus já os tem desmascarado abertamente. Um desses líderes que já foi desmascarado com provas documentais chegou ao ponto de dizer que se em todo o mundo tivesse um líder com mais poder do que ele, esse iria congregar na igreja desse líder, mostrando assim uma soberba, exaltação e arrogância descabida que ultrapassa os limites de uma pessoa normal e equilibrada. O que é triste e preocupante é que milhares de pessoas em busca de milagres urgentes são levadas por essas promessas enganosas caindo assim numa armadilha extremamente perigosa. É como diz no popular: “o que seria dos sabidos se não houvesse os trouxas”. O povo precisa despertar e atentar mais para a palavra de Deus, pois Jesus disse que surgiriam muitos falsos apóstolos e pastores que fariam milagres e maravilhas que se possível fosse enganariam até os escolhidos.
3 - DEUS PÕE POR TERRA O ORGULHOSO QUE SE ACHA NO PEDESTAL – Obadias 3 A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derrubará em terra? – Isaías 2.12 Porque o dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;
Os edomitas habitavam numa região montanhosa e isso militarmente os mantinham em superioridade quando se protegiam em suas fortalezas e nessa condição desafiavam a nação de Judá a derrubá-los, visto que dada as condições privilegiadas olhavam os seus inimigos com desdém entendendo que era praticamente impossível derrotá-los. Porém esqueciam que o Deus dos céus está acima de tudo e não tem dificuldade alguma em fazer o soberbo e orgulho descer até onde ele quiser. Os orgulhos e altivos se elevarão por si mesmo, mas o poder divino os derrubará. Os homens têm o seu tempo de orgulho, onde com mentes cauterizadas continuam enganando e sendo enganados, porém o Senhor tem o seu dia para agir contra tudo que é corruptível e esse dia do Senhor será extremamente avassalador.
4 - DEUS SEMPRE HUMILHARÁ TODOS QUE DESAFIAM A SUA SOBERANIA – Obadias 4 Se te elevares como águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derrubarei, diz o Senhor. – Isaías 13.11 E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos.
Os edomitas viviam em lugares altos e lançavam olhares de desprezo para baixo, na terra, onde achavam que todos eram inferiores. Assim muitos líderes se acham nessa condição olhando os ministérios pequenos com ar de superioridade passando uma visão para o povo incauto que Deus está só nas suas igrejas o que na realidade é lá que Deus não está. Esquecem que toda maldade, corrupção e muito mais coisas que praticam será punida e toda iniquidade deles será anulada. Os orgulhos e arrogantes serão rebaixados e humilhados e tudo que fazem explorando o povo eles colherão da mesma maneira e o fruto de maldade que estão plantando será a proporção do castigo que sofrerão.
5 - DEUS CASTIGARÁ NO TEMPO CERTO TODO MAL QUE O HOMEM PLANTOU - Obadias 15 Porque o dia do Senhor está perto, sobre todos os gentios; como tu fizeste assim se fará contigo; a tua recompensa voltará sobre a tua cabeça. Gálatas 6.7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
Vai chegar o dia que muitos envolvidos nessas condições mascaradas terão que se defrontar com o juízo divino e não conseguirão escapar ou defender-se, pois assim diz a palavra; que nem todos que dizem Senhor, Senhor, entrarão no reino de Deus. Quem vive na esperança vã de desfrutar dos direitos pertinentes ao reino de Deus com uma conduta deplorável e vergonhosa para o evangelho, está espraiando a sua loucura. A profissão de fé cristã não pode ser uma vida de aparência, pois agindo assim achando que tem o direito de enganar os outros, na realidade apenas enganam a si mesmos pensando que podem iludir a Deus. Esquecem que Deus conhece perfeitamente o coração deles. Deus não pode ser enganado, nem escarnecido. Portanto, para prevenir isso Ele apresenta a seguinte advertência; tudo que o homem semear, isso também ceifará. Em outras palavras, prestaremos contas naquele dia daquilo que tivermos feito aqui.
6 - DEUS PROVA OS SEUS, QUEM NÃO É PROVARÁ AS TAÇAS DA SUA IRA - Obadias 16 Porque, como vós bebestes no meu santo monte, assim beberão também de contínuo todos os gentios; beberão, e sorverão, e serão como se nunca tivessem sido. – Apocalipse 16.1 E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus.
Edom celebrou sua vitória contra o derrotado Israel, porém Deus através do profeta enviou a mensagem de juízo contra eles e contra todos que se alegravam compartilhando do mesmo propósito. Deus ouve o clamor e as orações de todos justos que intercedem pedindo a sua justiça sobre toda corruptibilidade com a nomenclatura de reino de Deus. Somos ensinados a orar para que a vontade de Deus seja feita na terra como é feita no céu. A queda dos inimigos da igreja será de uma maneira que jamais poderão se levantar. Todo sistema de religião enganoso, falsas doutrinas, seu falso brilho, seus rituais supersticiosos, sua idolatria, suas indulgências, uma grande confluência de invenções que mantém um negócio e um comercio vantajosos para si mesmos, mas extremamente prejudiciais a todos que os seguem; todas essas coisas serão queimadas e destruídas. Deus conhece a vaidade e falsidade da religião herética assim como sabe que a almas de muitos tem sido envenenada por eles que pretensiosamente indicam um caminho falso de salvação.
7 – DEUS É FIEL PARA CUMPRIR AS PROMESSAS COM SEUS ESCOLHIDOS - Obadias 17 Mas no monte Sião haverá livramento, e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades. – Ezequiel 37.26 E farei com eles uma aliança de paz; e será uma aliança perpétua. E os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles para sempre.
Para o povo de Israel Deus tem promessa de restituir tudo àquilo que eles perderam, e isso só acontecerá quando for implantado o reino milenar para Israel e as nações que passarem pela provação da grande tribulação. Nesse dia será restituído os privilégios, o culto a Yahweh, o poder e a glória de fazerem parte do povo de Deus. O pacto com Israel é terreno embora contenha provisões espirituais. Aqui a Igreja não está em vista, pois esta estará em outra condição iniciada no arrebatamento. Se Deus tem promessas tão excelentes para Israel no reino milenar, imaginem o que está reservado para a Igreja na ocasião da sua partida deste mundo. Mas o que não podemos esquecer é que muitos são chamados e poucos são os escolhidos. Isso significa que Deus está fazendo um processo de seleção entre os que o servem com fidelidade que irão para a glória e os que não o servem que irão para o tormento eterno. É notório que muitos estão servindo a si próprios para satisfazerem os seus egos e espírito de grandeza e isso tem sido visto explicitamente em nossos dias e que cada um desses quer ser maior que o outro, travando uma disputa de poder e de grandeza até nas construções dos seus templos.
8 - DEUS SALVARÁ QUEM É DELE, E OS ÍMPIOS QUEIMADOS COMO PALHA - Obadias 18 E a casa de Jacó será fogo, e a casa de José uma chama, e a casa de Esaú palha; e se acenderão contra eles, e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o Senhor o falou. – Romanos 11.26 E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.
A futura restauração de Israel envolverá todo o povo de Israel que for fiel a Deus no período da grande tribulação e todas as nações ímpias que aderiram ao governo do anticristo serão destruídas. Infelizmente Israel não levou o evangelho a sério como no princípio do ministério apostólico e se tornaram um povo apenas com aparência exterior de religião, abandonando o primeiro amor. Tiveram toda a oportunidade neste período da dispensação da graça e esse endurecimento vai se romper no período da grande tribulação onde surgirá um fiel remanescente distintos de cada tribo de Israel que serão trabalhados com a obra do Espírito Santo pela palavra e se convencerão dos seus pecados e com isso abraçarão a fé cristã. Assim a igreja deve-se manter fiel a Deus nessa dispensação em obediência irrestrita aos seus preceitos para que possa estar na condição de salva. Lembrem-se, para Israel haverá uma oportunidade por causa do pacto que Deus tem com eles, mas para a igreja não haverá outra oportunidade, quem foi para Cristo foi, quem não foi já está perdido e condenado.

O esboço é elaborado pelo texto bíblico da lição.

Pastor Adilson Guilhermel

fonte: http://www.pastorguilhermel.com.br/

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL COMO UM AGENTE DE DEUS PARA A TRANSFORMAÇÃO DE VIDAS

O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL COMO UM AGENTE DE DEUS PARA A TRANSFORMAÇÃO DE VIDAS

Introdução
O professor da EBD é, antes de tudo, um obreiro. Como obreiro, o professor deve ser aprovado em seu ofício, e ser hábil no manuseio da Palavra de Deus (2 Tm 2.15).
O ensino da EBD, levando em conta os seus objetivos, exige da parte do professor o melhor que ele pode dar. Exige que o professor se gaste e seja gasto, no treino, no preparo, na oração, no planejamento. Exige que se entregue a si mesmo, com todas as suas forças.
Ser professor apenas para transmitir conhecimentos talvez seja até fácil, mas não se chegará a lugar algum; primeiro, porque quem apenas se dispõe a transmitir o que sabe está totalmente fora dos objetivos básicos do ensino, e segundo, porque o verdadeiro papel do professor da EBD não é ensinar, mas contribuir para a transformação de vidas através do ensino da Palavra de Deus, de forma sistemática
O professor é um representante do pastor para a edificação de uma pequena parcela do Corpo de Cristo, a sua classe. em classe, o professor da EBD deve ser também o primeiro conselheiro espiritual dos alunos. Isso refere-se não apenas às dúvidas sobre questões bíblicas, mas também à adaptação do ensino bíblico às situações problemáticas vividas pelos alunos.
O professor é e sempre será um modelo para seus alunos, mesmo não o desejando. Isto quer dizer que ele servirá como padrão para seu aluno decidir como será sua atuação na igreja, o quanto ele conhecerá a Bíblia, que tipo de comportamento ele terá em seu dia a dia, quais serão suas opiniões sobre assuntos polêmicos da sociedade moderna, etc.
Cabe ao professor da EBD, por definição, orientar o aluno e ajudá-lo a atingir sua maturidade espiritual. (Ef 4.11-13)
Nos tópicos que se seguem, apresentaremos seis itens imprescidíveis a serem observados pelo professor da Escola Bíblica Dominical, como um agente de Deus para a transformação de vidas.




I - A DEDICAÇÃO
O esforço indispensável para a transformação de vidas

A Palavra de Deus determina, em Rm 12.7, que aquele que exerce o ministério do ensino deve fazê-lo com dedicação plena. Ser dedicado significa oferecer-se com afeto a alguma coisa ou pessoa; significa consagrar-se a determinado serviço, encarando todos os sacrifícios que forem necessários para executá-lo.
O ponto de partida para o professor da EBD atuar como o agente de Deus na transformação de vidas é, além da chamada divina, conscientizar-se do que Deus espera que ele faça para exercer com dedicação o ministério do ensino, conforme é requerido em Sua Plavra.
1) Ser um professor dedicado exige que conheça seus alunos e seja conhecido por eles.
Só assim poderá influenciar suas vidas, levando-as ao amadurecimento espiritual, o que podemos chamar de vidas transformadas. À medida que procura influenciá-los para uma vida de maior crescimento espiritual, o professor passa quase que a apascentar seus alunos, que se tornam, por assim dizer, ovelhas suas. Isso significa que o professor deve acompanhar todos os passos do aluno, dentro e fora da sala de aula, não como quem vigia, supervisiona ou procura surpreender, mas como quem se preocupa, desejando ajudar o aluno em todas as suas necessidades, sejam elas materiais ou espirituais, para que sua ovelha não venha a desgarrar-se ou a enfraquecer-se.

Muitas vezes o aluno poderá vir a ter um determinado comportamento dentro da sala de aula e possuir outro completamente diferente em sua casa. Isso requer do professor mais atenção, de modo que, dentro da sala este aplique o verdadeiro ensino para edificação do aluno; e fora da sala aplique aconselhamentos necessários à firmeza do aluno de acordo com a doutrina da Palavra de Deus. Isso é ser dedicado. Isso é exercer de fato o seu papel de agente de Deus para transformação de vidas. O acompanhamento, fora da sala de aula, a ser feito pelo professor, inclui, no mínimo:
a) Visitas periódicas ao aluno, mesmo que este esteja firme na igreja. O aluno pode estar firme na igreja, e ser assíduo à EBD, mas em casa pode estar passando sérios problemas, e precisa da mão amiga do professor;
b) Visitas constantes, quando o aluno não demonstra assiduidade à EBD. O professor precisa saber o que ocorre (está viajando? está doente ? está fraco na fé ?):
c) Procurar saber como é a família do aluno. São todos salvos ? (Se não o forem, o professor deve evangelizá-los) A família apoia ou impede a freqüência do aluno à EBD ?
d) Atender o aluno em suas necessidades materiais, através do Departamento de Assistência Social de Igreja;
e) Orar, jejuar e interceder constantemente pelo aluno;
f) Auxiliar o aluno no desenvolvimento de suas tarefas de EBD, se este não consegue desenvolvê-las sozinho.
O bom professor conhece seus alunos. Conhece suas características pessoais. Sabe lidar com suas características físicas, intelectuais, sociais, emocionais e espirituais. Sabe apascentá-los.
2) Ser um professor dedicado exige que se empenhe no preparo adequado das lições e da organização das aulas.
Não se pode esperar praticamente nada de um professor que não se dedica ao preparo das lições que ministrará no domingo. Um professor dedicado gasta horas e horas de sono procurando reunir o melhor que puder para apresentar à classe, da melhor maneira possível, na aula de domingo. É preciso que haja dedicação plena para encarar o desafio de cumprir semanalmente determinadas tarefas, dentre as quais destacamos:
a) Estudar várias vezes o texto da lição;
b) Reunir e fazer uso de todo o material de pesquisa que for necessário ao preparo da lição;
c) Virar noites pesquisando o assunto da lição de domingo, para montar um bom plano de aula e estabelcer os objetivos da lição, considerando as necessidades da classe, e as características pessoais dos alunos;
d) Reunir e fazer uso dos recursos instrucionais adequados ao desenvolvimento da aula, como também estabelecer qual o método ou métodos de ensino irá adotar para ministrar com sucesso a aula de domingo.
e) etc.

3) Ser um professor dedicado exige que tenha visão voltada para o crescimento da Escola Bíblica Dominical.
O professor da EBD faz parte de uma organização, e como tal, deve estar inteirado dos objetivos gerais da mesma, para poder dar sua contribuição na busca do alcance desses objetivos. Qualquer organização que se preze, tem como objetivo central o crescimento, tanto quantitativo como qualitativo. Assim é na Escola Bíblica Dominical.
a) O professor dedicado preocupa-se com o crescimento da sua classe, fazendo campanhas e usando outros recursos para motivar o progresso da sua classe, sabendo que isso refletirá no crescimento da EBD;
b) O professor dedicado procura enquadrar-se nos objetivos gerais da EBD de sua igreja, sendo um fiel colaborador do Superintendente, em todos os sentidos;
c) O professor dedicado faz discípulos (novos professores) em sua própria classe, para colocar à disposição do Superintendente novos talentos, até então no anonimato;
d) O professor com visão voltada para o crescimento motiva os demais a crescerem juntos com ele.


II - O CRESCIMENTO
A melhoria indispensável para a transformação de vidas

Em Lc 2.52 a Bíblia diz: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”. Há inúmeras lições a aprendermos com esta passagem sagrada, pois sendo Jesus o Filho Deus, precisou crescer e se aperfeiçoar, em vários sentidos e aspectos, enquanto Filho do Homem. Um desses aspectos, aliás o mais relevante, pelo qual Jesus mais se identificava, como bem sabemos, era o de ser chamado “Mestre”, como de fato O foi, e fazia questão de assim ser reconhecido. Mestre, na verdade, era um título atribuído aquém do que realmente fazia jus, pois o Senhor era mesmo o Mestre dos Mestres.
Pois bem, o Filho de Deus, o Mestre dos Mestres, precisou crescer. Precisou se aperfeiçoar. Entre outras coisas, essa “necessidade” sobretudo servia de exemplo para nós, seus servos, seus seguidores, e também ensinadores da sua doutrina. Resumindo: Se Jesus precisou crescer, o que dizer de nós, simples mortais? Um texto sagrado recomenda: “Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2 Pe 3.18).
Deus tem sempre seres humanos na realização dos planos divinos. Pessoas são importantes para Deus. Entre as pessoas mais importantes do mundo de hoje encontram-se aqueles que ensinam a Palavra de Deus em nossas Escolas Bíblicas Dominicais. Os professores são importantes porque ensinam o livro mais importante - a Palavra do nosso Deus. Lidam com outras pessoas, os nossos alunos, igualmentre importantes no plano de Deus. Têm ao seu dispor o próprio Espírito de Cristo, como seu professor e guia. Têm, no seu ensino, os mais dígnos propósitos que existem entre os homens. É importante, portanto, o conceito que o professor tem de sí e da sua tarefa.
Em que o professor precisa melhorar? Em que precisa Crescer? Em que precisa aperfeiçoar-se para atuar com sucesso como um instrumento de Deus na transformação de vidas?
Vejamos:

1) Como intérprete da Bíblia
Em 2 Tm 2.15 a bíblia diz: “Procura apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. O texto sagrado aquí faz um apelo a nós, professores, que ensinamos a Palavra de Deus, para que saibamos manuseá-la muito bem, interpretar bem as suas verdades, para não ensinarmos nada errado e sofrermos as terríveis conseqüências disso (1 Co 9.27)
O professor da Escola Bíblica Dominical é um intérprete da Bíblia. Ele foi nomeado e eleito para esse fim. Ele fica ao lado do seu aluno para dar as melhores explicações possíveis, para esclarecer palavras e frases difíceis, para desconselhar conclusões precipitadas e para evitar interpretações espúrias, forçadas ou prejudiciais.
Grande é a responsabilidade do professor como intérprete da Bíblia. O professor consciencioso verá que este papel exige as melhores qualidades e o maior esforço possíveis. Mas, ele não trabalha sozinho. Paulo reconheceu isto quendo disse: “porque nós somos cooperadores de Deus” (1 Co 3.9). O trabalho não é nosso, é de Deus. Ele nos chama e nos capacita para que sejamos seus colaboradores. E nos dá seu Espírito para ser também o intérprete, tanto para o professor quanto para os alunos.

2) Como líder da classe
A classe da Escola Bíblica Dominical é a unidade básica. O líder da classe é o seu professor. É bom que o professor se conscientize sobre suas responsabilidades como líder. Infelizmente, em algumas das nossas EBD’s, a maioria das classes nunca realiza a sua potencialidade. Será que os professores zelam para garantir um professor-substituto na sua ausência? Preocupam-se com o crescimento de suas classes? visitam os alunos ausentes, ou delegam responsabilidades para que isto seja feito? Estão muito interessados em melhorar sua eficiência como professor? sabem se os alunos não crentes estão mais próximos de uma decisão neste domingo do que no domingo passado?
O professor possui certas qualidades de liderança e os alunos esperam dele o exercício dessas qualidades. Mas, ele não faz tudo. Como líder, ele leva a classe toda a trabalhar e, juntos, eles conseguem suas metas predeterminadas. É o professor que deve tomar a iniciativa na definição dessas metas para os seus alunos.

3) Como evangelista
Os maiores ganhadores de almas em nossas igrejas são os obreiros da Escola Dominical. Se não o são, devem procurar sê-lo! Têm as melhores oportunidades, o melhor preparo e os motivos mais fortes para isso. E lidam constantemente com a Bíblia, o livro que todos usam para evangelizar.
O ensino do professor da EBD deve ser evangelístico. Isto significa que tudo o que ele faz e ensina deve, direta ou indiretamente, focalizar a pessoa de Jesus Cristo como o Salvador. O Dr. G. S. Dobbins (Melhor Ensino na Escola Dominical - Juerp, 1960) sugere o seguinte:
• Qualquer que seja a lição, o professor deve levar o aluno a encontrar-se com Cristo;
• Acima de tudo, o professor compartilha Cristo;
• Qualquer que seja o método usado, Cristo deve ser o mestre dentro da sala de aula.
Se é assim, como pode o professor da EBD deixar de ser um evangelista? Como pode deixar de matricular um não crente na sua classe? Como pode negar para o seu ensino da Palavra de Deus a finalidade evangelística?

4) Como exemplo perante os alunos
O professor ensina muito pelo que diz, mas ensina mais pelo que é. As boas palavras do professor têm como base e força maior o bom exemplo que ele vive. Quando o aluno vê o evangelho vivido por alguém, isso lhe traz grandes grandes benefícios. É uma confirmação do que ele está aprendendo. É a teoria em prática. O novo crente, especialmente, precisa ver e acompanhar o andar de um crente mais maduro, para poder entender o significado da maturidade espiritual.
Na verdade, o professor deve refletir a vontade divina sendo executada em sua vida, e não a sua própria vontade. Para tanto, convém perguntar: “Que tipo de pessoa sou eu?” Depois de responder a essa, eis uma segunda: “Como posso melhorar a minha vida?”.

5) Como um amigo e conselheiro
O professor que dirige uma classe bíblica sem amor não passa de um “metal que soa ou címbalo que retine” (1 Co 13.1). O que o professor diz no domingo tem que servir para todos os dias da semana. O que faz um professor quando adoece um membro da sua classe? Ou quando está em dificuldade de ordem familiar, moral ou financeira? Ou quando se torna frio ou indiferente? O professor pode tomar o tempo de se envolver, de aconselhar e procurar uma solução? Foi isso que Jesus fez. O professor que não ama de verdade seus alunos dificilmente será um bom professor. Dificilmente será instrumento de Deus para a transformação de vidas.
O aluno precisa encontrar no seu professor um amigo. Um amigo para dar apoio quando está desanimado, coragem quando está se sentindo espiritualmente abalado. Os problemas do dia-a-dia são reais e o aluno quer respostas que funcionam, que satisfazem. Encontrando-as ou não, se ele sabe que tem um professor que é seu amigo, pode continuar na luta.
III - A DISCIPLINA
A postura indispensável para a transformação de vidas

Em 1 Tm 4.12 a Bíblia recomenda: “Sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza.”; Da mesma forma em Tt 2.7: “Em tudo de dá por exemplo”; E em 1 Co 11.1 Paulo desafia:“Sede meus imitadores”.
Todo aluno deseja ser como o seu professor. Deseja imitá-lo. Faz dele um modelo de conduta. O professor deve se dar conta disso e procurar desenvolver um padrão de comportamento que seja de fato exemplar, afinal, precisará usar essa ferramenta em suaatuação como instrumento de Deus para a transformação de vidas.
O professor, queira ou não, influencia. E não pode fugir disso. E essa influência contagia com naturalidade toda a classe. Se o professor não é disciplinado, a influência que transmitirá à sua classe será negativa, e as conseqüências disso serão, seguramente, desastrosas.
São muitos os aspectos a serem observados pelo professor da EBD em relação à sua conduta, principalmente perante os alunos. Os 4 aspectos mais importantes são:

1) Pontualidade
O professor que chega atrasado à sua classe estará, no mínimo, cometendo dois erros: 1o) roubando parte do tempo disponível, para ministrar uma boa aula; 2o) permitindo que seus alunos também cheguem atrasados e percam parte da aula que está sendo ministrada. A pontualidade é fundamental como elemento de motivação para os alunos. Os alunos adoram quando chegam à classe no domingo e já encontram o professor esperando por eles, talvez revendo alguns apontamentos ou arrumando uma melhor acomodação para a classe.

Os alunos fazem o maior sacrifício para chegarem à classe no domingo dentro do horário de início da aula, para não perderem a introdução do assunto que será ministrado e inteirarem-se dos objetivos da lição, normalmente apresentados pelo mestre durante a introdução da lição.
Se, entretanto, não encontram o professor na classe, seguramente irão passar a não dar mais tanto valor à pontualidade, e passarão a chegarem atrasados a partir do próximo domingo, pois entenderão que, se isso fosse importante, o professor levaria a sério. É contagiante! Cuidado!
Há um erro que muitos professores cometem, sem que percebam, crentes que estão abafando! Esse erro consiste em é ter que ficar esperando a classe “encher” para começar a aula. Sabe o que vai acontecer? Os alunos concluirão que não valerá a pena chegar no horário, pois terão que esperar os “atrasildos”. Portanto, passarão a atrasar-se também.
Por outro lado, se o professor iniciar a aula com pontualidade, mesmo com a sala vazia, levará os “atrasildos” a se conscientizarem de que estão perdendo boa parte do ensino, e passarão a ser pontuais também.
Professor, nunca permita que a falta de pontualidade seja um empecilho para a sua atuação como instrumento de Deus na transformação de vidas. Vidas que estão sob seus cuidados!

2) Assiduidade
Assiduidade é sinônimo de constância, de perseverança. A Bíblia recomenda: “Sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor” - 1 Co 15.58 (grifo nosso). O professor que tem por hábito não comparecer às reuniões da EBD, tais como o Estudo de Professores, e até mesmo à sua própria classe, alegando sempre motivos particulares, certamente não está em condições para dedicar-se ao ministério do ensino, e muito menos de ser usado por Deus como instrumento para a transformação de vidas, pois a Palavra de Deus reprova a falta de constância e assiduidade (Lc 9.62). Não sendo assíduo às reuniões, o professor não estará acompanhando o dia-a-dia da sua classe e também da sua EBD, para tomar conhecimento das diretrizes que estão sendo estabelecidas para o aprimoramento de todos os segmentos da Escola Dominical. Quando ele falta às aulas, passa para o aluno uma imagem de descaso. E o pior é que o aluno o toma como modelo! (como de fato o é).

3) Colaboração
Colaborar significa laborar em conjunto, buscando o mesmo objetivo. Colaboração também pressupõe integração. O professor disciplinado é um colaborador, em todos os aspectos, junto ao seu Superintendente e demais colegas. Êle está sempre à disposição para ajudar, para ser útil em alguma coisa que porventura possa estar ao seu alcance fazê-lo. Mesmo que determinadas diretrizes estabelecidas na EBD pelos dirigentes não sejam, em sua opinião, perfeitas, ou do seu agrado, mas ele as acata e as faz cumprir. Tudo por disciplina. Tudo por respeito. Tudo por que é um agente de Deus preocupado na transformação de vidas que estão sob seus cuidados. Uma postura de “criador de caso” , “dono da verdade”, ou de quem age como “um sabe tudo” que não tem que dar satisfações à administração da EBD ou ao pastor, não é digna de um professor chamado para ser o exemplo dos fieis, na transformação de vidas.

4) Lealdade
O professor da EBD deve ser um membro fiel e leal à igreja que o elegeu para o ensino bíblico em uma classe da Escola Dominical. Sem essa lealdade, a igreja e a classe saem prejudicadas. De todas as tarefas que se exerce na igreja, esta é a que exige mais lealdade. Mas lealdade em que sentido?
a) No apoio ao Pastor - a maior expressão de liderança da igreja se encontra no seu pastor. O ensino faz parte vital do seu ministério. A Escola Dominical e a atuação dos seus professores são uma extensão desse mesmo ministério. O professor, por palavra e exemplo, exerce tremenda influência, junto a seus alunos, no sentido de dar apoio ao seu pastor.
b) Na assistência aos cultos - O professor da Escola Dominical deve entender que os cultos da igreja são importantes e deve assistir a eles. O culto que segue à Escola Bíblica Dominical é, de certa maneira, o ponto culminante da própria Escola. O pastor não ensina a lição no culto, mas ele consegue construir em cima daquilo que os professores já fizeram nas classes. A presença do professor, e de seus alunos, encoraja o pastor e dá uma demonstração de que a equipe toda está funcionando em perfeita harmonia. O culto precisa do professor; o professor precisa do culto.
c) Na participação no sustento financeiro - O professor que é dizimista nunca terá dificuldade alguma para levar os seus alunos ao estudo da mordomia cristã. O professor que é generoso no dar verá que a sua classe tende a seguir o seu exemplo. Levará a sua classe a levantar boas ofertas missionárias nas épocas determinadas, tudo em cumprimento do programa financeiro de sua igreja.
IV - AS QUALIDADES PESSOAIS
Marcas indispensáveis para a transformação de vidas

Quem é o melhor professor que você conhece? o que você mais admira nele? você já parou para pensar nas qualidades desse professor? Nas qualidades que fizeram dele um professor respeitado, admirado e que você guarda na memória até hoje?
Queremos salientar algumas das melhores qualidades dos melhores professores, daqueles que melhor ensinam a palavra de Deus.

1) Espiritualidade
Esta qualidade é, de todas, a mais importante, para o professor da EBD. Uma pessoa que não tem religião não pode ensinar religião para outros. O professor que não mantém uma boa comunhão com Cristo em seu coração e em sua vida diária jamais será bem sucedido, mesmo que seja muito inteligente e conhecedor de todas as leis do ensino. O professor não pode suprir as necessiedes dos outros sem primeiro ter supridas suas próprias necessidades espirituais. Não pode levar os seus alunos numa viagem que primeiro não tenha feito ele mesmo.
a) O professor deve ser um cristão maduro - que manifeste um caráter cristão forte e que possua certos traços cristãos tais como a bondade, a modéstia, a boa disposição, a lealdade, a tolerância, o amor. O professor deve ser um exemplo vivo do verdadeiro Cristianismo. Suas atitudes, seus padrões, e seu viver de todos os dias serão conforme a tudo quanto se ensina na Palavra de Deus, e a tudo quanto ele ensina na EBD. Quando o ensino da EBD é considerado um ministério ordenado por Deus, como já vimos, e quando se vê claramente a natureza espiritual da verdade que se ensina, percebe-se ser imperativamente necessário que o professor da EBD seja cheio do Espírito Santo. Considere o caso de Apolo, que estava ensinando, “conhecendo apenas o batismo e João”. Quando Áquila e Priscila souberam disso, imediatamente “tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus”, (At 18.25,26).
b) O professor deve ser uma pessoa de oração. - Assim sendo, estará seguindo o exemplo de Jesus, que orava e ensinava a seus discípulos a origem desse ensino. A oração ajuda o professor a se manter humilde e dependente de Deus. A oração proporciona oportunidades para o professor afinar sua vontade e seus propósitos aos planos de Deus. A oração do professor abre a mente dos alunos, permitindo uma melhor compreensão do ensino bíblico. O professor deve esforçar-se para cultivar na sua vida devocional a oração intercessória. Os alunos querem e precisam ter um professor que ore por eles. O ensino do professor é mais objetivo quando ele ora pelos alunos.

2) Senso de chamada
A Bíblia fala de várias “chamadas”:
a) Todas as pessoas são chamadas para a salvação, para conhecerem a Cristo como Salvador. O evangelho é universal e Deus não quer deixar ninguém de fora.
b) Todos os crentes são chamados para servir a Deus. A Bíblia não deixa nenhuma dúvida no que se refere à responsabilidade de todo crente conhecer os ensinamentos bíblicos.
c) Existe também uma terceira “chamada” - a chamada para o ministério. Uma chamada para a pessoa se preparar para uma obra especial no pastorado, na vida denominacional, no campo missionário, ou noutro semelhante.
Feliz é o professor que sente que Deus tem para ele um trabalho especial - uma classe onde possa aplicar os seus conhecimentos e sua experiência. Onde ele possa investir a sua vida. Onde ele possa ministrar. Neste ministério ele está cooperando com os planos de Deus. Neste ministério ele está colaborando com o seu pastor. Bem aventurado o professor que tem um senso de chamada de Deus! (Ef 4.11)

3) Relações inter-pessoais
A personalidade de Jesus atraia multidões. Ele ensinava as verdades de Deus, transmitindo-as pelo uso de sua personalidade. O professor da EBD se relaciona constantemente com pessoas. “O nível mais profundo da experiência humana é sua relação com pessoas. A expansão do eu, que se dá especialmente na adolescência, torna possível a inclusão de outras pessoas em nossa vida. Aqui está o segredo das relações pessoais sadias, que marcam uma personalidade equilibrada. Podemos dizer, sem muito medo de errar, que, se um indivíduo não alcança este nível de desenvolvimento, dificilmente terá uma religião sadia e criativa, pois a religião é, acima de tudo, uma relação pessoal com Deus, relação essa que se reflete em todas as dimensões de nossa relação com o próximo” (Dr. Merval Rosa, Psicologia da Religião, Juerp).
Podemos ver que o professor que tem uma personalidade equilibrada leva grande vantagem e certamente deseja para seus alunos a mesma vantagem.

4) Disposição de aprender
O homem é um ser educável e nunca acaba de aprender. Professores, como as demais pessoas, são imperfeitos. É importante que o professor reconheça que tem suas limitações. Ele nada ganha bancando o “sabidão”. quando não sabe uma resposta é melhor ser honesto e dizer que não sabe. Ganhará com isso o respeito de todos. A falta de humildade não é uma virtude.
Os melhores professores são aqueles que têm a disposição de aprender. Até Jesus “crescia em sabedoria” (Lc 2.52). O professor deve procurar sempre oportunidades para aprender mais. Aprenderá com os outros professores. Aprenderá dos melhores livros. Aprenderá dos alunos e com eles. Alguém bem disse: “Não há melhor maneira de aprender do que tentar ensinar outra pessoa”.

5)Disposição de melhorar
Todo professor pode ser um professor melhor. É triste quando um professor está satisfeito em ficar onde está, a ensinar sempre como ensina agora e não progredir. Alguém desenvolveu, com muita propriedade, o seguinte quadro sobre professores:
O professor medíocre fala;
O bom professor ilustra;
O professor superior demonstra;
O grande professor inspira.
O desejo de ser um professor melhor gera insatisfação com o que somos atualmente, levando-nos sempre em direção ao ideal. Foi assim com o apóstolo Paulo: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação” (Fl 4.13).
Encerramos este tópico com a seguinte ilustração:
Certa pessoa, deixada de lado na escolha de um novo diretor de uma escola, queixou-se com o relator da comissão e disse:
“Mas eu sou o candidato mais indicado, pois tenho 23 anos de experiência no ensino”
“Não, meu amigo”, - retrucou o relator- “você não tem 23 anos de experiência. Você tem um ano de experiência, repetido 23 vezes”.


V - OBJETIVIDADE NO ENSINO
Os Alvos Indispensáveis para a Transformação de Vidas

Objetivos para o professor são como o mapa para o viajante, ou a bússola para o marinheiro. Dão a direção que o professor precisa ter. O professor também pode se perder em seu ensino, e se ele não sabe onde está, certamente os alunos também estão perdidos.
No ensino, existem três fases básicas: planejamento, execução e avaliação. Fases importantes e relacionadas aos objetivos.

1) O professor que tem objetivos centraliza o ensino na revelação bíblica
O professor da Escola Dominical tem uma missão toda especial - ensinar a Bíblia para os seus alunos. É o livro-texto da EBD e o ponto de partida de todas as lições. É a base do currículo e das revistas. Nada deve tomar o lugar da Bíblia no ensino. Tudo o mais apenas complementa, explica e aplica a mensagem bíblica. Deus tem um plano para o mundo criado por ele. Tem um plano para cada vida e quer que cada pessoa entenda o seu plano. O plano de Deus se encontra na Bíblia, e o professor é o agente de Deus para fazer as pessoas entenderem esse plano, e por fim terem suas vidas transformadas.

2) O professor que ensina com objetividade visa ajudar as outras pessoas
Para o professor não existe ninguém mais importante que o seu aluno. O aluno é o objeto do seu ensino. O aluno tem necessidades e o profesor que ajudá-lo a superar suas dificuldades, quer levá-lo a encontrar soluções para o seu problema. O resultado do ensino bíblico deve ser vidas melhores. Deus quer que toda pessoa chegue à sua máxima potencialidade. O professor colabora com Deus quando:
a) Ajuda os alunos a descobrirem quem eles são - O aluno deve saber o que crê, o valor de suas crenças e quais são os seus motivos.
b) Ajuda os alunos a se aceitarem a sí mesmos - Todos têm defeitos: na personalidade, no corpo, nas capacidades. Mas, diante de Deus, todos têm o mesmo valor. O professor e os alunos que acompanham com paciência a dificuldade de um aluno em se expressar, estão dizendo para aquela pessoa que a aceitam, com seus defeitos. Quando outras pessoas nos aceitam, torna-se mais fácil nós nos aceitarmos a nós mesmos.
c) Ajuda os alunos a aprenderem as verdades de Deus - Isto significa mais que simples fatos bíblicos. A verdade de Deus produz convicções, esperança, satisfação. A verdade de Deus penetra além da mente. Vai ao coração e afeta atitudes e ações. Transforma vidas.

3) O profesor que ensina com objetividade submete seu ensino a avaliação
As três fases do bom ensino podem ser chamadas de: antes da aula (planejamento), durante a aula (execução do plano) e depois da aula (avaliação). O bom professor toma tempo para avaliar seu ensino, para ver atingir suas metas:
• Se as ilustrações planejadas realmente esclareceram o assunto;
• Se a pesquisa bíblica elaborada realmente conseguiu envolver todos os alunos;
• Se o uso de uma outra versão da Bíblia realmente trouxe mais interessse na leitura da passagem bíblica;
• etc.
Ele quer eliminar as experiências negativas e reforçar as experiências positivas, sempre com vistas a melhorar a qualidade dos seu ensino.
O professor que não tem seus objetivos bem definidos não tem base para uma avaliação do seu ensino. Não sabe se ensinou bem ou mal, se os alunos aprenderam bem ou mal, se os alunos aprenderam ou não, se deve modificar alguma coisa ou não. É semelhante à situação de Cristóvão Colombo. Alguém caracterizou assim a incerteza dele em buscar um mundo novo:
Antes de viajar, não sabia para onde ia;
Quando chegou, não sabia onde estava;
Quando voltou, não sabia dizer onde tinha estado.


VI - PARCIALIDADE
Impedimentos para a Transformação de Vidas

Existem muitos impedimentos para um ensino melhor, que realmente transforme vidas, tais como a falta de espaço adequado, falta de apoio dos líderes, falta de material de ensino, etc. O que queremos enfatizar aquí, no entanto, tem a ver com o professor, como um agente de Deus para a transformação de vidas.

1) Falta de experiência
 Mas, eu nunca ensinei uma classe da Escola Bíblica Dominical! Esta é uma reação normal de quem não tem experiência. E como vai ganhar experiência? De uma maneira só: Ensinando. A experiência faz falta para o novato, pois ganhamos muitas lições práticas ao longo dos anos como professores. Mas o professor novo, disposto a dar o melhor de si, pode vir a ser um bom professor.
Muitos professores de adultos já têm experiência no trabalho com crianças ou jovens antes de serem convidados para dirigir uma classe de adultos. Essa experiência é de grande valor. Há necessidade de fazer adaptações, pois faixas de idade diferentes representam outros níveis de linguagem, de métodos, etc.

2) Falta de Tempo
Todos nós usamos o mesmo relógio - o de 24 horas. Temos ao nosso dispor o mesmo tempo. A diferença entre as pessoas está na maneira de usar o tempo. É uma questão de prioridades. O que é mais importante para uma pessoa recebe maior parcela de tempo. O que julgamos de menos importância, recebe menos tempo.
É verdade que algumas pessoas andam muito mais ocupadas do que outras. Enchem demais as horas que têm. Será que fazem mesmo tanta coisa ou isso é apenas uma impressão que querem dar? Será que conseguem entrar no fundo de qualquer assunto ou empreendimento ou tratam de tudo muito superficialmente?
Quando se trata da Bíblia, o estudo superficial é de valor duvidoso. O professor que não tem tempo, ou que não dá o tempo necessário ao preparo, corre seriamente o risco de fazer um trabalho de pouco significado, e que, seguramente, não irá alcançar a transformação de vidas.

3) Falta de preparo
Este impedimento pode estar ligado à questão de tempo. Mas, pode ser por outra causa. A falta de visão pode levar o professor a não preparar-se bem. A falta de recursos didáticos como comentários, concordâncias, dicionários, etc pode também impedir o professor de fazer um trabalho adequado na busca da transformação de vidas.
A falta de preparação se torna bem evidente na aula. O professor perde o controle na aula e os alunos começam a conversar entre sí, talvez reclamando da péssima maneira como estão sendo alimentados com o assunto daquele domingo. No fim, o professor sente-se aliviado por ter terminado o tempo sem terem acontecido maiores catástrofes. Nesta hora, é aconselhável que o professor calcule os danos e decida que não vai mais repetir a experiência.


CONCLUSÃO

Os seis itens abordados, Dedicação, o Crescimento, a Disciplina, as Qualidades Pessoais, a Objetividade no Ensino e os cuidados com a Parcialidade precisam estar sempre em evidência no dia-a-dia do professor, para que este possa desempenhar com sucesso o seu papel de agente de Deus para a transformação de vidas.
Não é o professor que transforma vidas. Quem tansforma vidas é Deus, mediante o ensino da Sua Palavra, para o qual o professor é o instrumento escolhido.
Tudo o que você apredeu através deste estudo, coloque em prática imediatamente. Saiba que tudo isso vai ser cobrado por Deus, pois Ele te deu esta oportunidade de tomar conhecimento destas coisas (se ainda não as conhecia) justamente para que você possa de fato conscientizar-se de que o seu papel principal não é ensinar, mas transformar vidas atavés do ensino.


AUTORIA DESCONHECIDA.

sábado, 14 de janeiro de 2012

A AULA BÍBLICA


A AULA BÍBLICA

A execução do ensino é uma tarefa de responsabilidade do professor, a ser feita com dedicação e amor. Afinal, você está lidando com pessoas a quem Deus muito ama!

Basicamente, a aula bíblica é composta das seguintes etapas:

1. PREPARAÇÃO DO PROFESSOR

Separe tempo, na semana anterior à classe, para:

- Oração

- Leitura da lição

- Fixação dos objetivos da aula - síntese do que o aluno aprenderá – Exemplo:

Aula sobre o valor da oração

Síntese do ensino – a oração é importante porque é um recurso que Deus nos dá para nosso crescimento e vitória espiritual.

Aplicação prática: levar o aluno a orar, diariamente.

- Preparação da aula em si (recursos didáticos, interações com os alunos, planejamento da aula) – buscando despertar o interesse do aluno e motivá-lo para a aprendizagem.

2. NA CLASSE:

O professor precisa chegar com antecedência de 15 minutos, para prepara os materiais e ajustar o local (arrumação de cadeiras, ventilação, iluminação, etc.).

Ao entrarem os alunos, postado á porta, cumprimenta-os pelo nome e mostra satisfação em que eles tenham vindo.

Anota os nomes dos presentes e, se houver visitantes, nome e endereço.

A seguir, no horário exato, inicia a aula com uma oração. Então procede com a aula propriamente dita:

1. Leitura Bíblica

É o texto bíblico no qual se baseia a história da lição. A leitura sempre é recomendada, mesmo que depois o professor conte a história posteriormente.

Caso a leitura seja longa, e os alunos de pouca idade, pode-se abreviar ou lê-la de modo dinâmico (exemplo: se há 2 personagens, o professor e um aluno escolhido lêem responsivamente o trecho da fala respectiva a cada personagem).

2. Apresentação do tema ou da história

Pode-se iniciar a aula com perguntas sobre o texto, o com uma explanação direta sobre o mesmo.

Caso a aula seja sobre história bíblica, sugere-se utilizar figuras ou outros recursos para tornar atraente o ensino.

É importante o professor ter em mente que esta não é somente a hora de se contar uma história, mas sim o momento de transmitir ao aluno as verdades divinas.

3. Ponto de Contato - Aplicação da Lição

É o momento de fazer um fechamento do assunto ou da história bíblica, destacando lições que se apliquem ao dia-a-dia e à faixa etária de seus alunos.

Também, você pode aproveitar para avaliar o que aprenderam fazendo perguntas aos seus alunos.

4. Atividades

É hora de usar a revista do Aluno, caso houver. O professor deve dar muita atenção ao aluno nesta fase. É neste momento que ele vai dar o retorno de tudo o que aprendeu e você, professor, poderá avaliar, também, seus procedimentos didáticos e, quem sabe, se for o caso, reestruturá-los.

5. Memorização do Texto

É o momento de os alunos memorizarem o texto áureo. Utilize um suporte visual para essa parte (cartaz ou gravuras).

6. Encerramento

É o último contato em sala e você deve proceder de tal forma que seu aluno perceba sempre uma porta aberta para ele voltar e, de preferência, trazendo visitantes.

Apresentam-se os visitantes e lembram-se dos aniversariantes.

Sempre encerre sua aula com uma oração, dê oportunidade para um aluno fazê-la.

Não se esqueça de despedir os alunos com sorriso e cordialidade, manifestando sincero desejo de revê-los na próxima aula!

Em tempo:

Utilize cartazes, recursos didáticos, exercícios variados, brincadeiras. Faça uso desses recursos e você verá como sua aula ficará movimentada e seus alunos muito mais motivados.


FONTE: http://www.ebdonline.com.br/aula.htm

COMO PREPARAR UMA BOA AULA PARA CRIANÇAS NA EBD?


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COMO PREPARAR UMA BOA AULA PARA CRIANÇAS NA EBD?

Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele - Provérbios 22.6

A resposta é: ame-as, e você estará apto a ser um bom mestre!



Se você tem amor pelas crianças, saberá usar sua criatividade, e realizar atividades condizentes com a idade delas.



Procure sempre ser alegre nas aulas e tratar a elas com carinho, respeito e consideração. Elas vão retribuir!


Utilize recursos didáticos:



Coros relacionados com o ensino bíblico, de forma a fixar a lição.

Atividades simples (como dobraduras, pintura, pequenos exercícios) – você obtém algumas gravuras e atividades em www.ebdonline.com.br/gravuras.htm.

Ensine oração para as crianças (você fala, elas repetem).

Cartazes e outros recursos visuais (veja a seção de fantoches).

Memorização do versículo bíblico.



Quanto ao que ensinar – ensine a Bíblia!



Observo que não sou contra contar estórias para crianças na EBD (especialmente os pequeninos – abaixo de 5 anos), mas o ideal é relatar e ensinar sempre assuntos diretamente relacionados à história bíblica.



Comece ensinando Gênesis (a criação, a queda, etc.), seguindo uma seqüência lógica. Em datas especiais (Natal, Páscoa, etc.) ensine a relação do evento com a Bíblia.



Uma dica preciosa: não se preocupe em ensinar demais, fatos, números, detalhes, etc. Ensine objetivamente, uma coisa de cada vez, reforçando o tema.



Ore, pedindo sabedoria no ensino. Ame seus alunos, crie um ambiente propício para o aprendizado na classe e você será um (a) bom (a) professor (a)!



Veja também: Como preparar uma aula bíblica.

Texto: Júlio César Zanluca

fonte: http://www.ebdonline.com.br/aulaebdcriancas.htm

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O que é Teologia da Prosperidade e quais seus representantes no Brasil


Na década de 80 o Brasil foi tomado por um movimento que atraiu e ainda atrai milhares de pessoas para as igrejas evangélicas, mas pouca gente conhece a fundo a história da teologia da prosperidade.

O pioneiro desse movimento foi o pastor Essek M. Kenyon(1867-1948), mas o maior divulgador foi Kenneth Hagin (1917-2003). A teologia da prosperidade busca a interpretação de uma série de textos bíblicos para fazer com que os fiéis entendam que Deus tem saúde e bênçãos materiais para entregar ao seu povo.

O teólogo Zwnglio Rodrigues recorda um trecho do livro “O Nome de Jesus” escrito por Hagin: “Por que, pois o diabo – a depressão, a opressão, os demônios, as enfermidades, e tudo mais que provém do diabo – está dominando tantos cristãos e até mesmo igrejas? É porque não sabem o que pertence a eles. (1999, p. 37)”.

Rodrigues explica que quando o autor diz que o povo não sabe o que lhes pertencem quer dizer que desconhecem seus direitos. Os pastores da teologia da prosperidade tentam ensinar esse conhecimento aos seguidores.
“É a respeito do desfrute destas coisas [saúde e prosperidade] que os cristãos mantêm-se ignorantes, dizem os pregadores da confissão positiva”, lembra o teólogo.

As igrejas que pregam a Teologia da Prosperidade

A prova de que a Teologia da Prosperidade tem atraído cada vez mais fiéis é o crescimento das igrejas neopentecostais que a disseminam, entre elas pode citar a Internacional da Graça de Deus, Universal do Reino de Deus, Renascer em Cristo e Igreja Mundial do Poder de Deus.

Algumas igrejas pentecostais também estão entrando nessa linha, um exemplo disso são as recentes pregações de um dos maiores ícones deste segmento o pastor Silas Malafaia. Outro ícone do pentecostalismo que aparece nos sites de busca como simpatizante dessa doutrina é o pastor Marco Feliciano que nega ser um defensor da TP.

“Não sou adepto dessa desgraça, não! Sou assembleiano roxo!”, disse Feliciano que explica a diferença da sua pregação para a teologia da prosperidade. “Teologia da Prosperidade, não pode ser comparada com a Prosperidade que vem da Teologia. Existe na palavra centenas de afirmações sobre a benção que enriquece, que o Senhor é dono do ouro e da prata, que a prosperidade vem ao fiel”, diz.

Apesar de crer que a prosperidade é dom de Deus, Feliciano diz que é contra a massificação desse ensino. “Sou contra a massificação desse ensino, usando-o como método abusivo de ‘colheita’, tipo, lavagem cerebral para enganar os incautos.”

Ele também acredita na benção que vem através do dízimo e da oferta, mas diz que essas sementes precisam ser lançadas em um ministério sério. “Eu creio na benção que vem ao dizimista, ao ofertante e ao sacrificante. Quem planta colhe, quem não planta não colhe, quem planta muito colhe muito, quem planta pouco colhe pouco… Todavia só se colhe quando se planta em um solo fértil! Ministério sério.”

Contraposições

Enquanto muitas pessoas acreditam e correm para as igrejas em busca de saúde e bênçãos materiais, estudiosos e pastores caminham em contramão tentando alertar os perigos que esses ensinamentos podem trazer. “O sucesso numérico das denominações que são legítimas e fiéis representantes da TP no Brasil se dá exatamente por causa das promessas de saúde e prosperidade que são oferecidas e dadas como certas. Apelos desta natureza só podem redundar em uma aglomeração numerosa de fiéis, pois eles cativam facilmente aqueles que pensam ser o sucesso financeiro e a saúde o summum bonum (o bem maior) da vida”, diz Zwnglio Rodrigues.

O teólogo cita o versículo de Tiago 1:2 (Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações.) e ensina o que esse texto quer dizer. “O vocábulo “várias”, no grego, é poikilos e pode ser traduzido por “multicolorido”. Em outras palavras, o cristão pode sofrer provações de todas as matizes. Ora, nesse universo policromático há de tudo, inclusive doença e falta de dinheiro.”

O problema desse movimento, segundo Rodrigues é que o “deleite não está no Senhor, mas no(s) serviço(s) que Ele, supostamente, se habilita a prestar”.

fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/o-que-e-teologia-da-prosperidade-e-quais-seus-representantes-no-brasil/

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A DIDÁTICA E A BÍBLIA


A DIDÁTICA E A BÍBLIA

INTRODUÇÃO

A Bíblia é a Palavra de Deus enviada aos homens. Nela, encontramos a Didática divina, desde o Velho Testamento até o Novo Testamento. Vemos Deus tratando com o homem, ensinando-lhe, treinando-lhe e testando ou avaliando seu comportamento ante os seus sábios ensinamentos. Com Jesus Cristo, encontramos a perfeição do ensino , em seus discursos, nas parábolas, nas interrogações, nos diálogos e na prática de sua doutrina. Neste trabalho, tentamos fazer alguma ligação entre a didática do ensino e a Bíblia.

1. CONCEITOS

1.1. DIDÁTICA. 1."A técnica de dirigir e orientar a aprendizagem; técnica de ensino". 2."O estudo desta técnica". (Dic. Aurélio). "É a ciência, a arte e a técnica de ensinar". Como ciência, baseia-se em princípios científicos, chamados de "leis do ensino"; como arte, envolve a prática e a habilidade em comunicar conhecimentos; como técnica, utiliza métodos e recursos que facilitam o processo ensino-aprendizagem.

1.2. EDUCAÇÃO. "Podemos dizer que a educação é um processo contínuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da vida".(EETAD, p.6); GREGORY (p. 11,12) vê dois conceitos de educação: "Primeiro, o desenvolvimento das capacidades; segundo, a aquisição de experiência". "É a arte de exercitar e a arte de ensinar". Com isso, o resultado esperado é "uma personalidade bem desenvolvida física, intelectual e moralmente, com recursos tais que tornem a vida útil e feliz, e habilitem o indivíduo a continuar aprendendo através de todas as atividades da vida".

1.3. EDUCAÇÃO CRISTÃ. É o processo de ensino-aprendizagem proporcionado por Deus, através de sua Palavra, pelo Poder do Espírito Santo, transmitindo valores e princípios divinos. É diferente da educação secular, que só transmite instruções e conhecimentos, deixando de lado os valores éticos, morais e espirituais. Por isso, a base da Educação Cristã é a Bíblia Sagrada.

1.4. EDUCAÇÃO RELIGIOSA. "...é um programa de ensino bíblico, cuja finalidade visa à integração da pessoa na igreja, seu desenvolvimento espiritual e maturidade cristã" (DIRETRIZES da Ed. Religiosa nas Ass. de Deus, p. 1). A educação religiosa é desenvolvida:

1) NA IGREJA (No ministério pastoral)
2) NA ESCOLA DOMINICAL
3) NO LAR (Culto Doméstico, atitudes, exemplo dos pais, etc)

1.5. PEDAGOGIA. Originariamente, pedagogia significava "a ciência de dirigir crianças". A palavra vem de PAIDOS (Criança), AGEIN (conduzir) e LOGIA (tratado, ciência, estudo); 1."Teoria e ciência da educação e do ensino; 2.conjunto de doutrinas, princípios e métodos de educação e instrução que tendem a um objetivo prático" (Dic.). Enquanto a Didática (prática) se volta para o ensino propriamente dito, a pedagogia volta-se para a Educação (Ciência, doutrina).

Pr Elinaldo Renovato de Lima

fonte: http://escoladominical.org.br/secoes/espacopedagogico/001.htm

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

John Wesley


John Wesley

Nascimento, Inglaterra17 de junho de 1703 —

Morte, Londres2 de março de 1791)

foi um clérigoanglicano e teólogo cristão britânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha.Inglaterra do século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. O cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo.

Infância
John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra.

Devido às atividades pastorais que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava com rigidez os filhos, mantendo horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar.

Incêndio em sua casa

Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.

Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar o John, usando o livro dos Salmos como apostila.

John estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.

Estudos
Jonh Wesley iniciou seus estudos em Oxford onde começa a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de "Clube Santo", ele não inventou o nome: alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os taxaram como 'metodistas'. Wesley preferia chamá-los simplesmente de 'Metodistas de Oxford'..

Neste grupo Wesley e seu irmão Carlos iniciaram a visitar e evangelizar os presídios. Wesley passou então a se interessar mais pela questão social de seu país e a miséria que a Inglaterra vivia na época.Teologia, e pode ajudar a seu pai na direção da Igreja Anglicana.Virgínia para "evangelizar os índios" sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno Jonh Wesley expressa sua frustração "fui à América evangelizar os índios, mas quem me converterá?". Durante uma tempestade na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, durante uma grande tempestade, as crianças e os adultos moravios cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus)e Wesley vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que, Deus não poderia o justifica-lo mediante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude) predispôs à seguir a fé evangélica dos morávios. Retornou à Inglaterra em 1738.Pedro BöhlerLondres, Böhler era pastor moraviano (da Morávia, Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.

No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer (entende-se que Wesley experimentava o "batismo no Espírito Santo"). Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados.Londres, Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário:Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte.Carlos Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões - muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja - E tornou-se conhecidíssima esta sua frase: "o mundo é a minha paróquia". Influenciados pelos moravianos, John e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes. Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de 'O Cavaleiro de Deus'. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791).

Membros nos Estados Unidos[1]Jesus é comprovada pela prática (testemunho), e não pelas emoções do momento.

Valorização dos pregadores leigos que participavam lado a lado com os clérigos da Missão de evangelização, assistência e capacitação de outras pessoas.
Afirma que o centro da vida cristã está na relação pessoal com Jesus Cristo. É Jesus quem nos salva, nos perdoa, nos transforma e nos oferece a vida abundante de comunhão com Deus.
Valoriza e recupera em sua prática a ênfase na ação e na doutrina do Espírito Santo como poder vital para a Igreja.
Reconhece a necessidade de se viver o Evangelho comunitariamente. John Wesley afirmou que "tornar o Evangelho em religião solitária é, na verdade, destruí-lo".
Preocupa-se com o ser humano total. Não é só com o bem-estar espiritual, mas também com o bem-estar físico, emocional, material. Por isso devemos cuidar do nosso próximo integralmente, principalmente dos necessitados e marginalizados sociais.
Podemos afirmar que o bem-estar espiritual é o resultado da paz de Cristo que alcança todas as áreas da vida do cristão. É o resultado do bem-estar físico, emocional, econômico, familiar, comunitário. Tudo está nas mãos de Deus, nEle confiamos e Ele é fiel em cuidar de nós. Sua salvação alcança-nos integralmente.
Enfatiza a paixão pela evangelização. Desejamos e devemos trabalhar com paixão, perseverança e alegria para que o amor e a misericórdia de Deus alcancem homens e mulheres em todos os lugares e épocas.
Aceita as doutrinas fundamentais da fé cristã, conforme enunciadas no Credo Apostólico (Cremos na Bíblia, em Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo, no ser humano, no perdão dos pecados, na vitória por meio da vida disciplinada, na centralização do amor, na segurança e na perfeição cristã, na Igreja, no Reino de Deus, na vida eterna, na segunda vinda de Jesus, na graça de Deus para todos, na possibilidade da queda da graça divina, na oração intercessória, nas missões mundiais. Cremos profundamente no AMOR. Amor de Deus em nossa vida, amor dos irmãos.) , enfatizando o equilíbrio entre os atos de piedade (atos devocionais) e os atos de misericórdia (a prática de amor ao próximo).
Fonte: LOCKMANN, Bispo Paulo; CONSTANTINO, Zélia. Seguir a Cristo, manual de discipulado

Legado
Além de milhares de convertidos e encaminhados para a santificação cristã, houve também obras sociais dignas de destaque, como estas: Dinheiro aos pobres (Wesley distribuía). Compêndio de medicina (Wesley escreveu e foi largamente difundido). Apoio na reforma educacional. Apoio na reforma das prisões. Apoio na abolição da escravatura! Atualmente, o total de membros da comunidade metodista no mundo está estimado em cerca de 75 milhões de pessoas. O maior grupo concentra-se nos Estados Unidos: a Igreja Metodista Unida neste país é a segunda maior denominação protestante.Pentecostalismo devem muito a ele. A insistência wesleyana da busca da santificação pessoal e social contribuem significativamente para a ideologia da busca de uma vida e mundo melhor. A Igreja Católica Romana recebeu indiretamente alguns conceitos de Wesley quando o cardeal John Henry Newman uniu-se a ela, vindo da Igreja Anglicana e concretizando em reformas litúrgicas, sociais, carismática e teológica desde o concílio Vaticano II.Inglaterra↑ http://www1.uol.com.br/bibliaworld/igreja/historia/metod.htm

Bibliografia
Daniel R. Jennings, The Supernatural Occurrences Of John Wesley, SEAN Multimedia, Oklahoma City, OK 2005

o que é EBD?

O QUE É A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL/DINÂMICA (EBD)?
É o método de ensino da Bíblia, semanalmente, visando levar o aluno a:
1) aceitar Jesus como Único Senhor e Salvador;
2) crescer na fé e no conhecimento bíblico;
3) por em prática os ensinos bíblicos.
BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
Nos primeiros dois séculos da era cristã, a Igreja obedeceu a ordem de ensinar. Porém, do terceiro século em diante, a Igreja cresceu muito e a obra de educação cristã não acompanhou este crescimento. Milhares de pessoas foram batizadas sem instruções. Daí muitas práticas erradas entraram no cristianismo.
Isto perdurou até o século XVI, quando os reformadores Lutero e Calvino reintroduziram o ensino bíblico ao povo. Na Alemanha, Lutero enfatizou que cada cristão tivesse a Bíblia em sua própria língua para poder ler as Escrituras por si mesmo. Traduziu a Bíblia latina para o alemão. Depois, escreveu dois catecismos (livros de instrução cristã): um para adultos e outro para crianças.
Calvino fundou, em Genebra, uma Faculdade Evangélica de Teologia. No século XVII, Robert Raikes começou a levar as crianças a sua casa aos domingos, ensinando-as a ler e escrever tendo a Bíblia como texto. John Wesley gostou da idéia e ela espalhou-se em grande escala. Nascia assim a EBD (sigla de Escola Bíblica Dominical, ou Escola Bíblica Dinâmica).
EDUCAÇÃO CRISTÃ NA IGREJA LOCAL
A educação cristã na igreja não é só responsabilidade do pastor. Outros oficiais locais têm esta responsabilidade, como o Supervisor de Menores, Coordenador Educacional, etc.. Em quase todas as igrejas, há várias agências de ensino: Liga de Jovens, Liga do Lar (senhoras), Escola Bíblica Dominical ou Dinâmica (EBD), Classe de Novos Convertidos, Liga de Crianças, Classe de Casais, etc. O propósito de todos eles é prover a comunhão, ser agente de evangelização e proporcionar o ensino.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Como formar novos educadores cristãos

Por: Valmir Nascimento (publicado na Revista Ensinador Cristão)

Mui esplêndidas são as lições que extraímos das páginas das Escrituras Sagradas ao “vislumbrarmos” os atos e “ouvirmos” as penetrantes palavras do Mestre Jesus. Aprendemos com suas cativantes parábolas, somos instruídos por seus sábios conselhos e redargüidos por seus incontestáveis sermões. E, como se não bastassem essas magníficas lições, facilmente percebidas nos relatos bíblicos, pelo fulgor de sua clareza. Existem, ainda, grandes ensinamentos que, como pérolas em ostras se escondem. Aprendizados que estão nas entrelinhas das ações do Mestre. Instruções quase imperceptíveis, porém, de valor inestimável.

Encontramos uma dessas pérolas no milagre da multiplicação dos pães. Trata-se de uma passagem bíblica de notório conhecimento, cujo teor das frestas poderia passar despercebido. É algo simples, no entanto, revela-nos um dos grandes fundamentos do ministério terreno de Cristo como corolário da sua missão.

Vejamos a cena:
Uma multidão de pessoas se aglomera para ver e ouvir o Nazareno. É chegada a hora da refeição e todos estão famintos. Eles têm somente cinco pães e dois peixinhos para alimentar a turba. Os discípulos estão preocupados; o Mestre, tranqüilo. O desfecho é que com esse pequeno lanche, Jesus, miraculosamente, saciou a fome de cinco mil homens, além de mulheres e criança.

O exemplo do Mestre: A lição da participação

Qual a lição que tiramos dessas histórias? A resposta está no texto de Mateus 14:19 “…e partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão”; fato esse que também se repete em Mateus 15:36. Note que o mestre pega os pães e, um a um entrega-os primeiramente aos discípulos para que esses repassem à multidão. Essa é a lição da multiplicação; o ensino da participação.Jesus poderia ter entregado diretamente os pães às pessoas que ali estavam. No entanto, o Mestre, sabiamente, resolveu passar pela mão de cada discípulo primeiro. Tudo fazia parte da preparação dos apóstolos. Afinal não bastava que eles somente ouvissem, era-lhes necessário agir. Eis que eram homens que dariam continuidade à obra de Cristo na pregação do evangelho e na implantação do Reino na terra. Paulo também confirmou esse ministério com as seguintes palavras: “E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros” II Tim. 2:2.
O ministério da multiplicação de talentos também deve estar presente na Igreja atual. É imprescindível que o “Corpo de Cristo” prepare novos talentos que dêem continuidade à educação cristã de forma eficiente e qualificada. Para isso, é preponderante que a direção das Igrejas e das Escolas Dominicais invistam em ações com vistas a encontrar e formar os novos aspirantes ao ensino bíblico, preparando-os e treinando-os de forma planejada e consistente, evitando-se, assim, a descontinuidade do ensino bíblico para os dias atuais.
Esse planejamento envolverá três grandes desafios:

1) Como localizar os aspirantes à educação cristã;
2) Como treiná-los e capacitá-los e;
3) Como introduzir o novo educador no ensino da Escola Dominical.

Assim, nos lançamos aqui a esse desafio de repassar algumas estratégias que vêm, pela graça de Deus, logrando êxito.

Quem são eles: Encontrando os novos educadores

Outra lição que aprendemos com Jesus é a escolha da sua equipe. Quando do recrutamento dos seus discípulos, o Mestre separou homens não pelo que faziam (ofício) ou pelo que tinham (posses), mas pelo que queriam (objetivo). Importante era que seus discípulos tivessem duas características marcantes: vontade de aprender e desejo de ensinar. Deveriam estar dispostos a darem tudo de suas vidas pela Missão.
O primeiro passo, rumo à multiplicação de talentos na Igreja, consiste na localização dos aspirantes ao ensino. Deve-se saber, à priori, quem são as pessoas interessadas em trabalhar com a Escola Dominical, pois, assim como qualquer função eclesiástica, o ensino da Palavra de Deus requer uma atitude voluntária e espontânea. A liderança deve necessariamente escancarar as portas para as pessoas vocacionadas, interessadas e completamente comprometidas em levar conhecimento ao próximo e fechá-las para os desinteressados e descomprometidos. Pois, infelizmente, temos visto constantemente novos professores que são “jogados” em algumas salas de aulas, os quais não possuem vocação, tampouco qualificação.
Recrutar professores para a Escola Dominical, não é das tarefas mais fáceis. Marcos Tuler assevera que “A maior dificuldade, por incrível que pareça, reside na indisponibilidade dos recursos humanos ou na imperícia e insensibilidade para lidar com eles”. Segundo Tuler, os professores devem ser escolhidos com base na vocação, aptidões específicas e na chamada divina para o magistério cristão. Assim, entendo que uma análise superficial do pretenso professor, não seria o suficiente para saber se o mesmo possui tais atributos, devendo, portanto, haver um acompanhamento continuado para tal verificação.1

Destarte, inicialmente o importante é saber “o que eles querem”. Qual o objetivo dos aspirantes no tocante ao ensino. Para essa “seleção” não se pode, nem se deve levar em consideração somente a graduação do pretenso professor (Não podemos negligenciar que o preparo acadêmico e a formação intelectual são de enorme valia, porém, não podemos perder de vista que estamos formando novos educadores, e isso requer tempo e planejamento), nem tampouco seu sobrenome; antes, o interesse que o mesmo tem pelo ensino e a chamada de Deus para o ministério.
Inicialmente, o levantamento dos aspirantes poderá ser efetuado mediante um questionário junto aos membros da Igreja. As questões deverão enfocar o interesse do aspirante pelo ensino e o motivo pela qual pretendem fazê-lo. É importante que o questionário seja escrito, pois, diversas vezes os irmãos mais tímidos têm receio de exporem pessoalmente sua aspiração pelo ensino. Outra importante informação que se deve buscar já nesse primeiro questionário é saber para qual classe de alunos o aspirante pretende lecionar; qual a sua vocação por faixa etária (crianças, adolescentes, adultos, etc). Caso o mesmo não tenha ainda em mente qual a turma, poderá futuramente fazer um “estágio” em cada uma das salas, visando mostrar-lhe a realidade de cada turma, o que, logo após, terá ele a capacidade de decidir qual faixa etária escolher.

Como treiná-los: Capacitando os novos educadores

Jesus aproveitava todos os cenários e todos os momentos para ensinar. Ele usava o cotidiano e a realidade das pessoas. Não era necessária a realização de um evento específico sobre determinado assunto para o Mestre educar. Assim, o melhor local para iniciar a preparação dos futuros professores é na própria classe da Escola Dominical. É na EBD que eles terão o contato com a realidade do ensino; ali presenciarão o cotidiano da educação dominical. Desta forma, é importante que não somente a liderança empenhe-se na formação dos novos educadores, mas principalmente que exista a contribuição efetiva dos professores que já atuam no ensino, os quais serão os primeiros guias dos aspirantes. É por isso que devemos alertar: O bom mestre é aquele que é capaz de formar não somente alunos, mas, principalmente, outros professores. O bom mestre não somente repassa conteúdo, antes, busca formar nos alunos o caráter cristão, capacitando-os a repassarem avante tais ensinamentos.
Para tanto, é necessário que o mestre incentive os aspirantes às pesquisas, para que em todas as aulas estejam preparados. O estímulo à leitura de bons livros é outro aspecto de relevância, e, sempre que possível deverá apresentar na classe da EBD os livros nos quais tem se baseado para preparar suas aulas, motivando-os a adquirirem tais obras. Assim, o mestre estará gerando neles um ardente desejo de aperfeiçoamento. E finalmente, outra ação de alto relevo, consiste no incentivo, de todas as maneiras possíveis, ao estudo sistemático e planejado da lição a ser ministrada. Devendo os aspirantes, estarem preparados em salas de aulas, para participarem ativamente do estudo, devendo, portanto, tal atitude ser requerida constantemente dos mesmos.
É claro que também não poderíamos nos esquecer de mencionar que o treinamento dos novos educadores poderá e - deverá - ser feito através da participação em seminários, congressos e palestras sobre o ensino na EBD. Eventos que abordem a didática, tanto na educação cristã quanto secular. E louvamos a Deus que dia após dia surgem novos eventos como esses, os quais apresentam excelentes recursos e novas técnicas para a qualificação da arte de ensinar. Por isso, a direção deve empenhar-se, sem reservas, em financiar a participação dos aspirantes, para que os esses presenciem esses acontecimentos e, se possível, a própria Igreja realize-os periodicamente.

Como iniciar a atividade dos novos educadores

Um início mal formulado pode gerar grandes frustrações no aspirante. Portanto, a introdução do aspirante deverá se dar de maneira moderada e bem planejada. Afinal, a moderação é melhor caminho para o êxito.
Comece usando o aspirante como monitor da classe. Nessa fase ele será responsável por fazer pesquisa referente ao tema objeto do estudo; devendo estar preparado em sala de aula. No momento do ensino o professor titular poderá iniciar a concessão de oportunidades para que o mesmo exponha à turma sobre a sua pesquisa, ou que demonstre qualquer outro ponto de vista sobre a lição.Depois, escale-os, com antecedência, para dar a introdução da lição que será estudada; concedendo de 05 (cinco) a 10 (dez) minutos. Caso haja mais de um aspirante, será necessária a elaboração de uma tabela de rodízio entre os aspirantes. Em seguida, e de acordo com o grau de facilidade de cada aspirante, vá concedendo mais tempo para que eles lecionem.
É importante que após cada aula ou participação do aspirante, o professor dê a ele um feedback (retorno) acerca da sua exposição. Mencionando os pontos positivos e os pontos negativos, enfatizando as suas qualidades e o que pode ser melhorado. Mas lembre-se, sempre procurando evitar a crítica exagerada.Realize constantemente reuniões somente com os aspirantes, visando sanar algumas dúvidas, ouvir sugestões e apresentar algumas experiências de ensino que sejam de relevância para eles. Faça oficinas, coloque-os para lecionarem sobre qualquer assunto bíblico entre eles mesmos, para que percam a inibição de falarem em público.

Entendendo o que é ser um multiplicador de talentos

Para terminar, repassarei um exemplo que tornará claro a idéia sobre multiplicadores de ensino e o que isso representa no mundo espiritual.
Um professor de Escola Dominical do século passado que conduziu um vendedor de calçados a Cristo. O nome do professor você pode nunca ter ouvido: Kimball. O nome do vendedor de calçados que ele converteu você certamente conhece. Dwight Moody.
Moody tornou-se evangelista e exerceu grande influencia na vida de um jovem pregador chamado Frederick B. Meyer. Meyer começou a pregar nas faculdades e, durante suas pregações, converteu J. Wilbur Chapman. Chapman passou a trabalhar com a Associação Cristã de Moços e organizou a ida de um ex-jogador de beisebol chamado Billy Sunday a Charlote, Carolina do Norte, para realizar um reavivamento espiritual. Um grupo de líderes comunitários de Charlotte entusiasmou-se de tal maneira com o reavivamento que planejou outra campanha evangelística, convidando Mordecai Hamm para pregar na cidade. Durante essa campanha um jovem chamado Billy Graham entregou sua vida a Cristo. E Graham por sua vez levou milhares de pessoas a Cristo.1
Será que o professor da Escola Dominical de Boston imaginava qual seria o resultado de sua conversa com o vendedor de calçados? Não! Mas, da mesma forma que aconteceu com ele poderá acontecer conosco. Sejamos não somente professores, mas, sobretudo, multiplicadores de talentos!

TREINAMENTO PARA PROFESSORES DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - EBD

O professor da Escola Bíblica Dominical, deve estar preparado para o exercício de uma das mais nobres virtudes do ser humano em todo o tempo, que é o de ensinar. Em todo o mundo milhões e milhões de dólares são gastos todos os anos com o ensino e com a formação de novos professores. Na Igreja de Cristo não devia ser diferente, contudo não vemos a mesma ênfase que o mundo dá aos seus mestres, dentro de nossas igrejas.
Para o bom desempenho do professor da Escola Bíblica Dominical é preciso que ele esteja preparado para ensinar, pronto para discipular e pronto a exercer a liderança no grupo.
Durante o treinamento vamos abordar os temas a seguir enumerados como: “O Discipulado na E.B.D.”, “A Dicotomia Entre o Formado e o Leigo na E.B.D.” e “O Que é Preciso Para se Ter Uma Liderança Eficaz”.

1. ENSINO

Ensinar é uma das missões da igreja. Muitas igrejas se acham anêmicas espiritualmente porque não tem dado ênfase ao estudo da Palavra de Deus. Por falta de Profeta o povo se corrompe. O crente que não conhece a Bíblia está propenso a deixar-se levar por qualquer vento de doutrina que passa. O apóstolo Paulo tinha grande preocupação com relação a questão do ensino. Em Romanos 12:7, ele chamou a atenção escrevendo: “Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar haja dedicação ao ensino”.

1.1 Ministério da Educação Cristã

O ministério da educação cristã está associado com o ensino da Palavra de Deus no seio da igreja. Deste modo, é preciso que se tenha obreiros devidamente preparados e treinados para o exercício deste ministério. Muitas igrejas não tem dado o devido apoio a aqueles que tem se dedicado a Educação Cristã, contudo tem incorrido em uma falta muito grande, que é estar omissa as necessidades espirituais de seus membros.

1.2 Escola Bíblica Dominical

A Escola Bíblica Dominical tem como meta o ensino da Palavra de Deus. Ultimamente temos visto e ouvido de muito descaso nesta área por parte de algumas denominações. Preocupados com o esvaziamento da escola bíblica, muitos grupos tem conclamado congressos e simpósios para tratar do assunto, com vistas a ter-se uma sensível melhora nesta área. Sabemos que os problemas na área da Escola Bíblica Dominical são muitos e envolvem muitas questões. A freqüência à escola dominical tem caído muito nos últimos anos e de acordo com os dados estatísticos, se acha em torno de 50 a 60% de freqüentadores assíduos. A qualidade do ensino tem caído quase na mesma proporção. É preciso motivar as pessoas para que realmente sintam necessidades da busca de conhecimento da Palavra. Devemos dar prioridade ao ensino bíblico em nossas igrejas. Há igrejas evangélicas que tem substituído os assuntos inerentes a Bíblica por assuntos seculares, o que tem se tornado em instrumento de desmotivação de parte considerável dos membros, que preferem unicamente o estudo da Palavra.

1.3 Escola de Treinamento de Professores

Deve ser dado ênfase ao treinamento de pessoas vocacionadas para o ministério do ensino, oferecendo-lhes condições favoráveis para o seu devido preparo. A igreja, deve encaminhar os seus candidatos as Faculdades Teológicas para melhor se prepararem para exercerem esse ministério. Devemos ajudar a todos os irmãos que tem colocado suas vidas à disposição do Senhor, ingressando em uma Faculdade para se preparar, para melhor servir a causa do Mestre. Devemos colocá-los diante de Deus em nossas orações e ajudá-los financeiramente se necessário for. A Igreja, deve então, disponibilizar recursos de seu orçamento para a formação de novos Bacharéis em Teologia, não somente em Ministério Pastoral ou em Missões, mas também e principalmente em Ministério de Educação Cristã. Uma vez completado o curso teológico, o novo Bacharel em Educação Cristã, estará apto e credenciado para dar início ao seu ministério de ensinar a Palavra de Deus.

1.4 Unidade no Corpo de Cristo

A união ou comunhão na igreja é primordial, pelo que Jesus rogou ao Pai, dizendo: “... Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que os tens amado a eles como me tens amado a mim (João 17:21-23). Este é o grande ensino de Jesus acerca da comunhão e esta deve ser a grande meta da igreja de Jesus. Só há uma maneira do mundo crer que Deus enviou Jesus, se formos um com Ele, assim como Ele é um com o Pai. Só há uma maneira do mundo conhecer que Deus enviou a Jesus, se Jesus estiver em nós, assim como o Pai está em Jesus, se formos perfeitos em unidade, assim como Jesus é perfeito em unidade com o Pai. A comunhão na igreja começa na Escola Bíblica Dominical. É nela que os membros tem a oportunidade de aprender sobre a Palavra de Deus e participar com perguntas e colocações que enriquecem a todos. É o local apropriado para o membro expressar todas as suas dúvidas e todos os seus questionamentos colocando-os para fora. E, é acima de tudo, o local ideal para o exercício do discipulado.

1.5 Assessoramento do Pastor

O pastor é o líder da igreja e como tal deve ter uma vida exemplar diante de Deus e dos homens, de modo que a igreja possa ver em seu pastor um exemplo de servo de Cristo. Ele deve estar pronto para treinar, equipar e discipular os santos para melhor servirem a causa de Deus. O pastor deve ser paciente, longânimo, amoroso, e acima de tudo preparado para ensinar, exortar e edificar a igreja em Cristo. Deve ter participação ativa no ensino da Palavra de Deus, quer seja na Escola Bíblica Dominical ou no Púlpito. De modo que o ensino seja relevante em todos os seguimentos na vida da igreja.
O pastor deve ter presença assídua na E.B.D., de modo a estar pronto para auxiliar os professores a esclarecerem dúvidas principalmente as ligadas as doutrinas cristãs etc. Como ele não pode estar em todas as classes da E.B.D. ao mesmo tempo, deve programar-se de modo que possa visitar, em cada domingo uma determinada classe da E.B.D. Assim, o pastor estará dando toda assistência as ovelhas do rebanho, seja em qual for a situação. “Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente; cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará, e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tiago 5:13-15). Este texto, dá indicação bastante clara do modo como a igreja, como toda deve se conduzir, mas principalmente os líderes e aí se inclui o pastor.

Augusto Bello de Souza Filho
Bacharel em Teologia

FONTE: http://www.bibliapage.com/treiname.html

A Bíblia


A Bíblia Sagrada é a Fiel Palavra de Deus. Única fonte de verdade e luz para o homem. Única base de fé para o crente. Nela encontramos respostas às questões mais importantes relativas à vida e morte do ser humano. Aqueles que a lêem com sinceridade, buscando a verdade, ouvirão a voz de Deus em seu íntimo. Não ficarão nas trevas, pois, como escreveu o salmista no Salmo 119:105, "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho"O tema deste livro é Cristo. O Seu nome permeia as suas páginas, as quais, apresentam-No como O Salvador dos pecadores.Este livro é de conteúdo eterno. "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar", disse o Senhor Jesus Cristo em Mateus 24:35. Aqueles que o lêem e o desprezam, serão julgados, um dia, por este mesmo livro: "E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer... já tem quem o julgue; a palavra que eu tenho pregado, essa o há de julgar no último dia" (joão 12:47,48).